Comissão amplia ALC´s até Rio Branco, Tarauacá e Feijó




A ampliação das Áreas de Livre Comércio de Cruzeiro do Sul e Brasiléia - um anseio do empresariado e de consumidores acreanos – obteve aprovação unânime da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional da Câmara Federal, na manhã desta quarta-feira.

O projeto, de autoria da deputada Perpétua Almeida (PCdoB), foi apresentado no Congresso Nacional em dezembro de 2006 e segue à Comissão de Desenvolvimento, Indústria e Comércio antes de chegar à CCJ. A proposta obriga o Poder Executivo a demarcar áreas contínuas que irão abranger todo o perímetro urbano de Rio Branco, Tarauacá e Feijó.

Nestas cidades, propõe a deputada, serão criados entrepostos para nacionalizar e exportar mercadorias. “Quem fez a lei, ainda em 1994, autorizando as ALC´s, cometeu um erro ao excluir a capital do Acre como sede para as filiais das empresas. O desenvolvimento passa pela maior cidade do estado, isso é indiscutível”, lembrou a deputada, que reuniu, recentemente, com empresários do estado, dos quais obteve apoio.

Quanto a Tarauacá e Feijó, explica a deputada, “embora essas cidades sejam importantes centros de desenvolvimento, ainda sofrem com a falta de acesso por terra até Cruzeiro do Sul, não usufruindo, assim, dos incentivos fiscais das ALC´s”. Ela teme que apenas Brasiléia (a área urbana de Epitaciolândia também é abrangida) e Cruzeiro do Sul tenham sua força produtiva esgotada. Este argumento, aliás, pesou para a necessidade de ampliação das ações e respectivos benefícios fiscais.

Apoio
O empresário Aden Araújo, presidente da Associação Comercial, projeta um barateamento entre 7 a 12% no custo de mercadorias negociadas em Rio Branco. “Obviamente, esse desconto será repassado ao consumidor final, sem contar os abatimentos referentes a Confins e IPI”, explicou.
Ele vê outras vantagens institucionais: “nós, empresários, seremos mais competitivos. Aqui próximo, em Guajará Mirim (RO), estas vantagens já são ofertadas aos grandes atacadistas, que acabam engolindo parte do nosso mercado também aqui no Acre”.
O presidente da Federação do Comércio, Leandro Domingos, crê num “novo tempo para o empresariado acreano, especialmente quanto aos processos licitatórios.


O voto
“A ampliação das ALC´s irá estimular o desenvolvimento desses municípios, atraindo novos investimentos e ações geradoras de emprego e de melhoria na renda da população local. É uma medida que induz a interiorização da riqueza da região amazônica, corrigindo desigualdades e garantindo a concorrência equilibrada entre os municípios”, disse o relator, deputado Silas Câmara, que também preside é presidente da Comissão da Amazônia..

Vantagens
Perpétua, em sua justificativa ao projeto, lembra da concordância do Governo do Estado, a anuência da Associação Comercial do Acre e o acompanhamento da Zona Franca de Manaus. A proposta, na verdade, almeja construir condições justas e garantir igualdade de concorrência aos comerciantes do Estado, que hoje são vítimas da guerra fiscal no País, que favorece tão somente os grandes centros financeiros.

O que são
Implanta-se um regime fiscal especial, onde são permitidas importações do exterior – sem a incidência de Imposto de Importação sobre as mercadorias destinadas ao consumo interno –, bem como são permitidas a entrada de mercadorias oriundas do restante do País, sem a incidência do IPI, desde que destinadas à industrialização ou à estocagem para reexportação. Também são isentas de tributação as exportações de mercadorias.

Fonte: gabinete da dep. Perpétua
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MP faz operação pente fino em abatedouros do Vale do Acre

O Ministério Público do Estado do Acre, através da Promotoria Especializada de Defesa do Meio Ambiente da Bacia Hidrográfica do Alto Acre, autuou todos os frigoríficos e abatedouros de Animais, Casas de Carne e pontos de vendas de carne animal para consumo humano dos municípios de Brasiléia e Epitaciolândia.
Através de processo administrativo a promotora Dulce Helena Freitas quer apurar a existência de irregularidades concernentes ao depósito irregular de carcaças de animais e resíduos provenientes do abate de animais para consumo humano.
Segundo a denuncia anonima, o fato ocorre nas proximidades do quilômetro 04 da BR-317 e vem gerando significativos impactos ambientais. O MP quer saber se esses estabelecimentos têm Alvarás de Funcionamento e todas as licenças ambientais, além dos últimos relatórios de vistorias técnicas.
Mas quer saber também em caso de irregularidades, quem deu as licenças de funcionamentos. A doutora cobra do IMAC todas as licenças ambientais concedidas aos estabelecimentos do gênero, nas duas cidades e as medidas tomadas para combater a poluição de rios e igarapés provocados em tese, pelos abatedouros.
Dulce Helena cita que o conceito de meio ambiente contido no art. 3º, inciso I, da Lei nº 6.938/81, dispondo que a Política Nacional do Meio Ambiente, é amplo, segundo o qual meio ambiente é o "conjunto de condições, leis influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas", enquadrando todos os tipos de degradação ambiental existentes".
Os órgãos citados já estão providenciando a documentação exigida pelo órgão fiscalizador.
Jairo Carioca - Da redação de ac24horas
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