quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Envelhecimento da população e menor fecundidade são desafio para sistema de saúde, aponta IBGE

Com o ritmo de crescimento populacional menor e a expectativa de vida maior, o Brasil terá de enfrentar novos desafios na saúde pública. Segundo um estudo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgado nesta quarta-feira (2), os idosos consomem mais recursos de sistema de saúde devido às internações mais frequentes, ao maior tempo de ocupação do leito e às várias patologias que os afetam. O estudo mostra que, hoje, as doenças crônicas atingem 75,5% dos idosos - na faixa etária de 0 a 14 anos, a proporção cai para 9,3%. As principais causas de morte para pessoas acima de 60 anos são as doenças circulatórias, respiratórias e os tumores.
BRASIL: EXPECTIVA DE VIDA
1900
33,7 anos
1910
34,1 anos
1920
34,5 anos
1930
36,5 anos
1980
62,5 anos
1991
66,9 anos
2000
70,4 anos
2005
72,1 anos
O custo de internação per capita aumenta com a idade: um paciente entre os 60 e os 69 anos custa ao sistema de saúde R$ 63. Dos 80 anos em diante, o valor sobe para R$ 179. Além disso, somente 29,4% dos idosos têm plano de saúde particular.A esperança de vida do brasileiro ao nascer atingiu os 72 anos em 2005. Já a taxa de fecundidade chegou a dois filhos por mulher em 2006 - para se ter uma ideia das mudanças ocorridas na sociedade nas últimas décadas, em 1980 este indicador apontava 4,4 filhos por mulher. Para este estudo, o IBGE analisou indicadores de população e de saúde de 1960 a 2005, incluindo as estimativas para 2006. Saúde infantilJunto com a queda na taxa de fecundidade, caiu também a mortalidade infantil nas últimas décadas. As doenças infecciosas e parasitárias perderam importância nas mortes de crianças, e aumentou a proporção de complicações relacionadas a enfermidades que surgem antes ou depois do parto. O dado do IBGE mostra que o crescimento da rede de saúde ainda precisa se expandir para atender as gestantes, diz o estudo. A proporção de mães que tiveram assistência pré-natal subiu de 43,7% para 54,5% entre 2000 e 2006, e a proporção de mulheres que não realizaram nenhuma consulta caiu de 4,7% para 2,1%. No entanto, em Estados mais afastados, o índice de mulheres que procuram fazer o pré-natal é bem menor à média nacional.No Amapá, somente 23,6% das mulheres grávidas passaram por sete ou mais consultas e 9,6% não passaram por nenhuma consulta em 2006. No Acre, que também é um dos Estados com maior número de nascimentos em domicílios, 11,1% das mães não tiveram nenhuma consulta pré-natal. Para se ter uma ideia, em São Paulo e no Paraná, mais de 70% das mulheres passaram por sete ou mais consultas.
Do UOL Ciência e Saúde Em São Paulo

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